"" Estudo Da Bíblia: João Crisóstomo e Jerônimo

João Crisóstomo e Jerônimo

Quem Foi João Crisóstomo e Jerônimo no cristianismo



Aprender teologia é muito importante para sabermos mais sobre o cristianismo e sua história, espero que esse rápido estudo posso lhe ajudar a entender um pouco mais sobre o cristianismo, que Deus lhe abençoe.


JOÃO CRISÓSTOMO





Nasceu em Antioquia, em meados do século IV. Foi educado por mãe cristã, que havia ficado viúva com apenas vinte anos. Quando cresceu foi batizado e após algum tempo devotou-se à vida monástica. Viveu vários anos numa caverna fora de Antioquia e prejudicou sua saúde por causa de sua austeridade. Doente foi forçado a voltar a Antioquia, onde tornou-se diácono e depois presbítero (ou sacerdote, como era chamado agora). Ali estudou sob a orientação de Diodoro de Tarso que o introduziu ao mundo da erudição bíblica.

A Escola de Antioquia era notada pela sua oposição à alegoria. Os antioquianos insistiam que a Bíblia deve ser interpretada de acordo com seu significado natural – o sentido “literal” como era chamado. Havia liberdade para tipologia, mas não para interpretações extravagantes que evitava o sentido claro histórico do texto. Crisóstomo adotou esta abordagem antioquiana.

O nome Cristóstomo ou “boca dourada” foi lhe dado pela primeira vez no século VI, foi um tributo à sua excelência como pregador. Ele pregava regularmente, normalmente penetrando por um livro inteiro da Bíblia, estes sermões eram então publicados como comentários. Também pregou sermões ou assuntos específicos e escreveu vários tratados, o mais conhecido destes é O Sacerdócio, uma obra clássica sobre cuidado pastoral. Não era especialmente dotado em assuntos teológicos, seus sermões eram acima de tudo práticos e devocionais.

Quando o bispado de Constantinopla vagou (397) os oficiais do império procuraram resolver a disputa pelo cargo apontando alguém de fora, Crisóstomo foi escolhido e forçado a aceitar o posto. Foi consagrado ao cargo por seu rival (fez-se a partir deste momento) Teófilo, bispo de Alexandria. Infelizmente, foi vítima de várias intrigas, que em virtude de seu zelo e intrigas entretecidas na corte pelo próprio Teófilo, foi levado ao cativeiro a primeira vez em 403, depois em 404 e finalmente em 407, que em virtude da marcha forçada veio a morrer. Após a sua morte, tanto o ocidente como o oriente vieram a reconhecer sua santidade e grandeza como servo sincero de Deus.



JERÔNIMO




Sofrônio Eusébio Hierônimo (Jerônimo) nasceu nos anos 340, perto da fronteira da Itália e Dalmácia (atual Sérvia e Montenegro). Estudou em Roma e enquanto esteve lá começou a construir uma ampla biblioteca pessoal de clássicos. Foi batizado quando tinha cerca de 19 anos. Logo depois renunciou a carreira secular e dedicou-se a uma vida ascética e erudita.

Em alguns sentidos foi um asceta relutante. Em 373/74 foi ao oriente em peregrinação, mas não passou de Antioquia devido ao seu estado de saúde. Distraiu-se com o estímulo intelectual da cidade e não fez mais nenhum progresso na direção dos centros monásticos. Neste momento relata-nos que teve um sonho notável:

Muitos anos atrás eu tive, pelo amor do reino dos céus, deserdado a mim mesmo de casa, pais, irmã, parentes e (o mais difícil de tudo) da comida saborosa a que eu havia me acostumado. Eu estava em meu caminho para Jerusalém, para travar minha batalha, mas ainda não podia trazer-me a parte com minha biblioteca a qual havia colecionado com tanto cuidado e trabalho duro em Roma. E assim, miserável homem que eu era, jejuava apenas para que depois pudesse ler Cícero... E quando às vezes eu voltava ao meu juízo perfeito e começava... a ler os profetas, seu estilo parecia rude e repulsivo. Eu falhei em ver a luz com meus olhos cegos, mas atribuía minha falta, não a eles mas ao sol... Subitamente fui eu fui apanhado em espírito e largado diante do assento do julgamento do Juiz... Perguntou-me quem em era, e repliquei: “Eu sou um cristão”. “Você mente”, disse aquele que presidia: “Você é um ciceroniano, não um cristão. Porque onde seu tesouro está, ali também estará o seu coração”. Imediatamente eu fiquei mudo e em meio às batidas do chicote – porque ele havia me ordenado ser castigado – fui torturado ainda mais severamente pelo fogo da consciência... Eu fiz um juramento e invoquei seu nome, dizendo: “Senhor, se eu alguma vez possuir livros seculares ou lê-los, tenho negado você”... De agora em diante eu leio os livros de Deus com um zelo maior do que tinha antes dado aos livros dos homens.

Depois do seu sonho, Jerônimo foi para o deserto e apresentou-se como heremita numa caverna. Conseguiu, no entanto, levar a sua biblioteca inteira consigo! Recebeu visitantes ocasionais e correspondeu-se amplamente. A vida solitária não era para Jerônimo “Quão freqüentemente, quando eu estava morando no deserto, na vasta solidão que dá aos heremitas uma local selvagem para morar, morto de sede pelo sol ardente, quão freqüentemente me imaginava entre os prazeres de Roma!” (Carta 22:7). Depois de cerca de dois anos e meio no deserto, Jerônimo voltou à civilização, mas embora ele tenha fugido da solidão, nunca duvidou da superioridade do celibato e da virgindade.

Jerônimo nunca renunciou os clássicos pagãos, mas subordinou-os aos seus interesses teológicos. Tornou-se um importante erudito em grego e hebraico. Em 382 foi para Roma e tornou-se secretário particular e bibliotecário de Damasco, o bispo. No final de 384, Damasco morreu e Jerônimo ficou sem trabalho.

Em 385 dirigiu-se para o oriente e foi com Paula e Eustóquia, duas senhoras suas amigas, em peregrinação a Palestina. Em 386 eles fundaram um mosteiro e um convento em Belém e Jerônimo ficou ali até sua morte em 420.

Sua maior realização foi a tradução da Vulgata, embora ela não fosse perfeita, era um enorme progresso sobre as traduções mais antigas. Nesta época havia considerável confusão a respeito do Antigo Testamento. Os cristãos antigos, que falavam grego e enormemente ignorantes do hebraico, usavam a tradução grega da Septuaginta (que é freqüentemente citada no Novo Testamento). O problema era que esta tradução continha não apenas livros hebraicos do Antigo Testamento (os quais compreendem o Antigo Testamento protestante e são os únicos livros agora aceitos pelos judeus) mas também outras obras. Havia incerteza na Igreja antiga sobre quais livros deveriam ser aceitos no Antigo Testamento.

Jerônimo insistiu que são apenas os livros hebraicos que são canônicos ou escriturísticos. Fez questão de traduzir a Vulgata do original hebraico, não da Septuaginta. Ele havia entendido o importante princípio que as escrituras do Antigo Testamento são confiadas aos judeus (Rm 3.2; 9.4) e que a Igreja cristã não tinha o direito de acrescentar nenhum livro não reconhecido por eles.

Jerônimo, a princípio, foi um ardente admirador de Orígenes. Em 393 ele subtamente tornou-se um amargo oponente da heresia origenista, isto revelou o pior de Jerônimo: ele podia ser grosseiro, vulgar e malicioso. Mas sua reputação é merecida, não por sua santidade pessoal nem por profundidade teológica, mas por sua erudição.



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